Meningeoma

Os meningiomas são, em sua maioria, tumores benignos originários das células meningoteliais da aracnóide, representando 13-26% de todos os tumores intracranianos. Eles são mais comuns em idades avançadas e em mulheres. A deleção do gene NF2 e a exposição à radiação ionizante são fatores de risco estabelecidos, enquanto o papel dos hormônios sexuais ainda não está esclarecido. A sobrevida de cinco anos para meningiomas típicos excede 80%, mas é menor (sobrevida de 5 anos <60%) em meningiomas malignos e atípicos.

Morfologia papilar e hemangiopericítica, tumor grande, alto índice mitótico, ausência de receptores de progesterona, deleções e perda de heterozigosidade são fatores de mau prognóstico.

A classificação da OMS de 2016 para Tumores do sistema nervoso central distingue 15 tipos histológicos. Sendo os tumores mais agressivos classificados em grau II ( coróide, células claras e atípicos) ou III ( papilar, variante rabdoide e anaplásico). O valor clínico da classificação é ainda limitado, necessitando de refinamento por tecnologia genética e molecular.   

O aumento do crescimento do meningioma observado na gravidez é provavelmente o resultado de mecanismos endócrinos. Estes incluem aumento nos níveis séricos de progesterona, lactogênio placentário humano (hPL) e prolactina (PRL).

A excisão cirúrgica completa é o tratamento padrão. A radioterapia é usada atualmente na prática clínica em meningioma atípico, maligno ou recorrente. A radiocirurgia tem ganhado cada vez mais importância no manejo dos meningiomas, principalmente nos meningiomas que não podem ser ressecados completamente.

Meningioma
Crit Rev Oncol Hematol
2008 Aug;67(2):153-71. doi: 10.1016/j.critrevonc.2008.01.010. Epub 2008 Mar 14.

Management of Meningioma
Presse Med
Nov-Dec 2018;47(11-12 Pt 2):e245-e252. doi: 10.1016/j.lpm.2018.05.016. Epub 2018 Nov 16.